Amor & Verdade
Corrigir diz respeito à verdade. Com brandura diz respeito ao amor. Uma coisa não exclue a outra. Mas, na maioria das vezes a igreja local vive em um dos extremos. O primeiro é quando se prega e ensina sem nenhuma empatia, sem escuta atenta, sem oferecer ajuda prática, sem caminhar a segunda milha com quem está lutando contra um pecado insistente. Parece que o Evangelho está sendo priorizado mas na verdade a preocupação é a execução das regras. O outro extremo exclui a verdade em nome do amor. Não existem limites. O elefante está no meio da igreja, mas todo mundo faz vista grossa para pecados públicos. A pessoa se entrega ao erro e, de certa forma, é abandonada às suas próprias paixões pecaminosas pela sua família da fé, que deveria protegê-la. Porque limites protegem, e a disciplina fortalece. Uma igreja sem limites é tão doente quanto uma igreja legalista.
Mas e se o pecado do meu irmão for de natureza sexual? A falta de equilíbrio aumenta. Porque “se é sexual é pior”. E isso não é bíblico. Então, se há falta de amor pra lidar com alguém que é preguiçoso na igreja, há mais falta de amor ainda com quem está tendo relações sexuais sem ser casado. Se há falta de verdade pra exortar homens omissos e esposas rebeldes, há mais falta de verdade pra lidar com a pornografia e adultério emocional.
Deus não chamou a igreja pra viver o amor ou a verdade. Não temos que escolher entre um ou outro. O chamado é para viver em amor e verdade ao mesmo tempo. Amar é o Evangelho. Pregar e viver a verdade, em comunidade, é amar.
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