Eu, Deus, meu marido e o sexo

Como é bom ser guiada por Deus! Ele é tão cuidadoso. Às vezes ficamos confusas porque Deus não nos poupa de determinados sofrimentos enquanto o obedecemos. Isso não muda o fato de que Deus nos protege de muitas dores nessa vida. “E quanto ao sofrimento que ele nos permite passar?”. O sofrimento que é fruto da obediência nos molda, nos ensina, nos edifica, e, acima de tudo, glorifica ao Pai. E ele sabe até onde podemos suportar. Quando fracassamos, ele não desperdiça a experiência (Romanos 5:3-5). Quando parece que Deus errou, ele ajusta a nossa visão à dele para que possamos ver o que ele vê nos fracassos. Quando somos bem sucedidas, ele nos lembra de tudo que ele nos revelou nos dias de dificuldade que antecederam o sucesso. Enfim, é muito bom ser liderada por um Deus soberano e amoroso.

Rejeitar a liderança do Senhor é rejeitar o próprio Deus (João 14:23,24). Não tem como dizer que ama a Deus e, ainda assim rejeitar a sua liderança. Vamos continuar essa conversa sobre a autoridade de Deus e adicionar um elemento extra: a liderança do marido. A mulher solteira responde diretamente a Deus (1 Coríntios 7:32-35), mas a casada tem um intermediário entre ela e Deus: o marido (Efésios 5:22-24). Vale um breve comentário de que as solteiras também têm intermediários, caso seja menor de idade e responda aos pais (Efésios 6:1-3); as que são profissionais respondem à chefia (Efésios 6:5-8); as cristãs respondem aos seus líderes religiosos (Hebreus 13:17). Também respondemos, independente do estado civil, às autoridades políticas (Romanos 13:1-7).

Não tem como uma mulher amar ao marido e rejeitar a liderança dele. “Ah, mas meu marido comete erros.” Bem, Deus estabeleceu o homem como líder e a mulher como sua ajudadora idônea desde a criação, antes da Queda. E Deus não mudou o propósito daquilo que ele criou por causa do pecado. Ele nos oferece redenção através de Cristo, para homens e mulheres. A verdade é que você se rebela contra a autoridade do marido porque não aceita a liderança do próprio Deus. Então, se Deus, perfeito e imutável, não merece a sua confiança, e você acha que pode fazer algo melhor com a sua vida, quanto mais o seu marido, né? Coitado, o seu marido não tem a menor chance de te liderar! Não enquanto você não aprender a submeter o seu coração ao Senhor. Não importa o quão maduro, experiente, amoroso e comprometido o seu marido possa ser, ou se tornar um dia, ele nunca será páreo para o seu coração rebelde.

Agora, se rejeito a liderança de Deus, e consequentemente a liderança do meu marido, a quem estou me submetendo? Você é submissa a você mesma. Você tomou o lugar de Deus. Você serve a sua própria carne e seus desejos. Você é a Rainha! Por outro lado, se você está sofrendo por ter escolhido se submeter a Deus, lembre-se que ele é digno de confiança. Alegre-se por saber que seu sofrimento, fruto de sua obediência é a prova do seu amor genuíno! E, sim, Cristo te amou primeiro! (Romanos 5:8). Você não tem que obedecer para receber o amor de Deus. Você obedece porque já recebeu esse amor.

E se a liderança do meu marido me faz sofrer? Todas nós sofremos quando somos lideradas, umas mais, outras menos, dependendo da fase da vida e das circunstâncias. Jesus sofreu enquanto obedecia (Filipenses 2:5-11). Se você está sofrendo debaixo da liderança do seu esposo, admita que se fosse você no lugar dele também cometeria erros. Não foque na sua dor. Foque em Deus e na esperança da vida perfeita que teremos com Cristo na eternidade. Não há perfeição desse lado da eternidade. Estude e medite na carta de Efésios e 1Pedro. Ajude seu marido, converse com ele, ouça-o atentamente e ore sempre por ele. Seu marido precisa da sua ajuda e conselho, assim como todas as outras lideranças que Deus colocou na terra. Do que seu marido não precisa? Ele não precisa do seu orgulho, gritaria, deboche, desprezo, manipulação e piadas sobre ele no Facebook. Ele precisa ter uma mulher para liderar, que o aceite mesmo quando ele erra. Não deixe de falar o que pensa com a atitude certa e na hora apropriada. Seja franca, posicione-se diante das decisões familiares. Mas, se divergirem, não faça pelas costas, não o sufoque com reclamações e acusações, não passe por cima dele, não finja que foi ele quem tomou a decisão quando você sabe que foi você que impôs a sua vontade “em nome do bem maior”, ou pior, “em nome de Deus”. Se tiverem que lidar com as consequências de decisões erradas, não jogue na cara dele um “Eu te disse!”. Ore e peça a Deus uma oportunidade para conversar sobre o que aconteceu e sobre o que poderia ser diferente da próxima vez. Faça pelo seu marido o que você gostaria que seus liderados fizessem por você quando está numa posição de liderança. “Mas meu marido é muito cabeça dura!”. Será que você também não é? Pessoas teimosas têm uma tendência natural de achar que o outro é que é teimoso.

Não desanime diante da grandeza do desafio. Você não está sozinha. Deus é fiel e te ajudará a fazer a vontade dele. Compartilhe sua dificuldade nessa área com uma mulher mais experiente que já viveu esse processo antes de você.

Os benefícios da submissão bíblica são incontáveis na vida sexual também. Muitas vezes o homem não procura a mulher com mais frequência para ter relações sexuais porque se sente desrespeitado pela esposa que insiste em mandar na família e, muitas vezes, expõem o marido ao ridículo, em casa e na rua. Essa postura destrói o ego masculino, suas afeições e desejo sexual por você. Nesse contexto, suas chances de conseguir uma vida sexual satisfatória são inexistentes. Assim como o egoísmo dos homens afeta o desejo sexual da mulher, uma esposa mandona ou manipuladora pode dificultar a intimidade sexual tão desejada por você e por ele. Vale a pena checar se a falta de sexo no seu casamento não está total ou parcialmente relacionada à sua falta de respeito e falta de confiança no homem que Deus te deu.

Se você é abusada verbalmente ou fisicamente pelo seu esposo, por favor, busque ajuda e o denuncie! Deus não espera que nenhum ser humano se submeta ao abuso de poder de um líder insubmisso ao Senhor. O mesmo princípio se aplica a homens que são abusados por suas mulheres. Se você é uma mulher agressiva e abusadora, busque ajuda antes que seu marido te denuncie.

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