Nossa linda história de amor

Nós dois temos muita história para contar, com episódios engraçados, dramáticos e alguns são chatos como em qualquer relacionamento, coisa de rotina. Nosso casamento tem sido uma linda história de amor, digna de um livro e um filme, talvez um seriado ou novela. Mas, hoje, vamos contá-la de forma resumida porque há muitos detalhes nesse romance de paixão sem fim.

Foi mais ou menos assim: ele tomou a iniciativa e foi direto ao assunto, sem rodeios: “Tainise, te quero! Anseio pelo teu bem, vou ser tudo que você precisa e minha vida toda entrego a ti. Você aceita que eu te ame intensamente? Não me importo em abrir mão de tudo que possuo por você. Não ligo se tiver que correr atrás de você para te conquistar. Eu te perdoo quantas vezes for necessário. Se você me entregar teu coração será maravilhoso para nós dois. Mas se você for uma mulher difícil e complicada, eu continuarei te amando.” Assustada com ele? Eu também achei estranho, mas me senti atraída. Afinal, não é isso que toda garota procura?

A verdade é que como eu não estava acostumada com tanto amor assim, eu aceitei começar esse relacionamento sem entender muito bem o que ele queria dizer, e sem perceber o quanto ele me amava. E a gente foi se conhecendo. No início eu falava muito e o ouvia pouco. Entretanto o amor é paciente (1 Coríntios 13). Eu tinha pouco tempo para ele no meio da semana porque estava sempre ocupada. Então nos encontrávamos aos domingos. Quando conseguia escapar das minhas responsabilidades rotineiras, a gente se esbarrava, mas sem qualidade de tempo. Só fazíamos coisas juntos, como ajudar pessoas que precisavam de apoio. De certa forma nós estávamos nos conhecendo cada vez melhor por trabalharmos em equipe.

No início eu sabia que ele me amava mais do que eu o amava. Com o passar do tempo fui ficando com a impressão de que eu o amava mais, pois estava completamente envolvida e comprometida com ele. Mas era só impressão. Ele sempre me amou muito mais! Eu só estava apaixonada e flutuando nas nuvens!

Se a gente tinha problemas? Claro que sim, vários! Eu vivia reclamando, mesmo que ele me enchesse de presentes, cuidasse de mim e me prometesse amor incondicional. A primeira grande crise foi quando ele parou de falar comigo e parecia cada vez mais distante. Eu perguntava um monte de coisas e pedia favores mas ele não abria a boca. Esse silêncio me magoou muito, principalmente porque eu tinha abandonado minha carreira profissional por ele, e abri mão da minha independência financeira para fazer o que ele queria. Mas em nome de tudo o que a gente já tinha vivido antes, do nosso compromisso e tudo que ele já tinha feito por mim, seguimos em frente com nosso relacionamento. Porém, mágoas mal resolvidas sempre retornam para nos assombrar. Aquela paixão do início estava se esfriando e só sobrou o compromisso. Sem fogo, sem paixão, sem ardor. Quando eu tentava discutir a relação só encontrava um silêncio que cortava a alma. Até que o ressentimento tomou conta do meu ser. Tudo que eu fazia para ele era por obrigação. Fui me afastando aos poucos e comecei a me interessar por outras coisas, buscar meus próprios interesses, a desprezá-lo com atitudes que eu sabia que o magoava. Meu coração, que eu tinha prometido a ele, comecei a dividir com outros e a ser infiel. Já não queria mais agradá-lo, nem ouvi-lo.

Eu o traí aos poucos, até o dia que deliberadamente o abandonei. Olhei nos olhos do meu amado, daquele a quem prometi ser submissa para sempre, e disse: “Não te quero mais. Quero descobrir quem eu sou, estudar, ganhar dinheiro e seguir minhas próprias regras.” E eu fui tão cínica que tive a capacidade de dizer ao homem que abriu mão de toda sua glória no céu, se revestiu de humanidade, que sofreu as minhas dores, e que foi obediente até à morte, e morte de cruz por amor a mim: “Não é que eu não te ame mais, Jesus. Mas já que do seu jeito e com suas regras as coisas não estão dando certo e estou muito infeliz, então, eu vou seguir meu caminho e fazer as coisas do meu jeito. Estou assumindo o controle da nossa relação e da minha vida.” Enfim, eu troquei o Cristianismo pelo Humanismo na maior cara de pau. Troquei a obediência pela rebelião. Troquei o Senhor da minha vida pelo meu eu no centro. Troquei a glória de Deus pela minha própria glória. Troquei meu casamento com Jesus e, sem a permissão dele, comecei uma “relação aberta”. Puro fingimento, porque eu sabia que ele não aceitava me dividir com outros deuses, mas como não queria perder o rótulo de cristã, eu fingia que estava comprometida com ele, continuava cumprindo meia dúzia de rituais religiosos, quando, de fato, estava comprometida comigo mesma e com minha felicidade. Troquei o mais puro amor que existe pelo amor-próprio.

Sim, eu fui adúltera, do pior tipo possível! Mas Jesus não desistiu de mim e me reconquistou. Ele me trouxe de volta para casa, de volta para os braços dele! Como não amar um homem que me ama tanto assim? Esse é um resumo da nossa linda história de amor, entre eu e Jesus, que se ajoelhou na cruz e me pediu em casamento.

Ele tem se tornado meu único e verdadeiro amor a cada dia. Jesus, o amante da minha alma!

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